segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Festa São Brás (Fev 2011)







Por Edson de Lorenzi

SÃO BRÁS – PROTETOR DA GARGANTA E DE NOSSA COMUNIDADE... A interferência de São Brás ficou evidente no dia de sua festa. O tempo ficou bom praticamente todo o dia garantindo o bom andamento da festa. Os preparativos que começaram na sexta logo de manhã se estenderam pelo sábado o dia todo e no domingo começou de madrugada com organização das tarefas, tanto para os homens, quanto para as mulheres. A alvorada festiva foi meia fraca, deve ter sido pela fraca produção agrícola deste ano. A venda de churrascos foi de acordo com o esperado e a comercialização foi efetuada com sucesso. A missa em louvor a São Brás encerrou com a benção da garganta aos fiéis presentes. Depois aconteceu um suculento almoço sendo ocupados os espaços internos e externos do local da festa. Destaque para a dupla Toninho e Neimar que apresentaram um show sertanejo raízes na festa, interpretando canções que marcaram épocas, dupla essa, que representaram nossa região no festival “Cantando pra Nossa Gente” Da rádio Coroado e Movimento e tiveram por merecer a gravação de três canções no cd que finalizou o festival. Um obrigado especial ao nosso amigo “Jéguinho” do Cerealista JM de Fraiburgo pelo patrocinar essa dupla. Depois do show, Didi e Companhia comandou o matinê dançante até o final da festa. Ganhadores da rifa do boi foi Nilson Lopes da cidade de Fraiburgo e o ganhador da ovelha foi o senhor Paulo Moraes da Comunidade de Núcleo Tritícola (Frei Rogério). No meio da tarde houve um desentendimento no estacionamento entre alguns participantes da festa, que entraram em vias de fato e danos materiais a um veículo. Logo a policia militar de Fraiburgo chegou e a paz voltou a reinar no ambiente. Lucro líquido da festa ficou na casa dos R$ 14.640,00, valor este, que saudou as dívidas existentes na comunidade devido à ampliação do salão comunitário. Agradecimento especial a todas as famílias de Taquaruçu que mais uma vez não mediaram esforços e fizeram presentes ajudando e colaborando para a realização da festa. As pessoas que venderam e compraram a rifa da festa. Aos colaboradores: Central Móveis (Fraiburgo); Super Mercado Zabloski (Fraiburgo); Lojas Credilar (Fraiburgo); JM Cerealista do popular “Jeguinho” (Fraiburgo); Marcelino Mazzuco Hortaliças e Verduras (Frei Rogério); Comecial Juruna (Núcleo Tritícola); Gaio Móveis e Gaio Materiais de Construção(Frei Rogério e Fraiburgo); Cerealista do Gringo (Curitibanos); JJR Ribeiro produtos Agrícolas (Frei Rogério); Orli Setren; Sargento Kemper e sua equipe de segurança (Monte Carlo); Polícia Militar de Fraiburgo Pe. Wilson e Pe. Paulo, enfim a todas as famílias que estiveram presente na realização de mais uma festa do interior que se registra como cultura e tradição de um povo que mantém-se unido pelo fato de sociabilizar, partilhar e confraternizar com as comunidades vizinhas e famílias de nossa região o valor do companheirismo e a troca de visitas entre comunidades Que são Brás abençoe a todos!!! Para refletir: Não sendo fácil para as comunidades promover eventos, manter as tradições e as culturas do povo. O Sr. Capitalismo vem se apropriando desses valores impondo regras, leis e multas para as entidades que não respeitarem as determinações. Marx afirmava que o capitalismo se autodestruirá por si próprio. A profecia está acontecendo e a terceirização está chegando para acabar com tudo, inclusive com a identidade das comunidades e do povo. As comunidades entrarão com o nome e o capitalismo se encarregará de satisfazer as necessidades do “ser humano manipulado”. Veja um exemplo: O Fernando e Gerson fizeram a segurança do salão do sábado para o domingo. Pois bem! Nesse caso eles precisariam ter: Curso técnico de segurança, treinamento especializado, seguro de vida. E as 02h00 da manhã eles colocaram as batatinhas cozinhar...(nem vamos entrar no assunto) Pensando nisso, Parabéns aos gaudérios pelo trabalho realizado.

HONORATO MARTINS (NORATÃO)

Por Edson de Lorenzi Foto: Arquivo Museu de Taquaruçu Noratão no início da Guerra do Contestado, tinha apenas 14 anos, brigou de igual para igual junto às forças do exército. Haviam recebido treinamento de guerra quando participou dos Pares de França. A primeira batalha que participou foi na costa do rio Maria Dias. Os informantes avisaram que estava vindo um pelotão de soldados do Espenilho em direção a Taquaruçu e Noratão e seus companheiros armaram-se de facões de pau e foram fazer espera na costa do rio Maria Dias. O estradão passava por uma canhada funda, local próprio para pegar os soldados nos facões. Estavam muito bem prevenidos quando as forças apontaram na canhada, não perderam tempo, no mesmo instante partiram para cima dos soldados, que já vinham amedrontados.... “berravam como “cabritos”, mas não tinha nada, o facão continuava comendo, só paramo porque não tinha mais sordado esperniando”. Os caboclos ainda hoje contam, que antes dessa luta os soldados vinham de Curitibanos, mas devido às ciladas e artimanhas, conseguiam desarmar as tropas que retornavam sem perdas de vida. “lembro que um dos sordado, na ânsia da morte, pediu que não queria morrê com aquela farda vergonhosa que faz brasileiro matá brasileiro. Tiramo a farda e logo o sordado morreu e por respeito enterremo aquele sordado, enquanto que os outros, os bichos e os corvo davam jeito”. Honorato Martins, conhecido por Noratão, devido a sua estatura, nasceu em 1898, seus pais eram Manoel das Almas e Luiza Martins das Almas. Noratão casou-se com Juventina, que por ser de estatura mediana, bem menor que o seu marido, ele a apelidou de “passarinho”. Tiveram cinco filhos. Noratão era uma pessoa simpática e querida. Em qualquer situação estava sempre com um sorriso no rosto. Nos lugares que se encontrava sempre estava rodeado de amigos e crianças e já começava com suas histórias que todos gostavam de escutar. Anos depois da guerra, eu, Pedro fui num baile e Noratão era responsável para cobrar entrada. Neste dia e nos bailes que ele cuidava, ninguém se atrevia a “puxar briga”, o baile prosseguia com muito respeito e diversão. Noratão enfrentava o peso da idade com naturalidade, nunca foi proprietário de terra, trabalhava apenas como agregado e na época não recebeu aposentadoria. Seu corpo está enterrado no cemitério da igreja do Taquaruçu, e este que vos escreve ajudou no enterro. FELISBINO, Pedro, Eliane. Voz de Caboclo. A saga do Contestado Revivida nas Lembranças dos Sobreviventes do Reduto de Taquaruçu. Imprensa Oficial do Estado de Santa Catarina. Florianópolis 2002.

FÉRIAS 2011 - Descanso... Cerveja..





O Colono na Praia... .(G2)

Por Ezequiel de Lorenzi: Do dia 11 a 18 de janeiro de 2011, algumas pessoas de nossa comunidade, foram fazer uma viagem para tirarem suas merecidas férias. O local escolhidos pelos aventureiros foi Meia Praia e Itapema, litoral de SC. Foram pessoas das famílias: De Lorenzi, Bogo, Caregnato e Sestren. Ao total, haviam nessa viagem 16 pessoas, as quais fizeram muita festa e tomaram muita cerveja. Entre os 6 homens da casa, (Pedro, Orli, Adelmo, Romualdo, Ezequiel e Everaldo) foi quebrado o recorde do ano passado, no que diz respeito em tomar cerveja que eram de 50 caixas em 8 dias. Este ano, nos 8 dias de trabalho árduo, foram consumidas 70 caixas de cerveja lata, sendo 7 sem álcool. Essa turma se divertiu muito e descansou bastante. As mulheres da casa (Andréa, Marlei R., Marlei L., Elizete, Any Francieli) eram responsáveis por fazer almoço, limpar a casa , colocar a bebida gelar, assar a carne, arrumar as camas e cuidar das crianças (Adelmo Henrique, Amanda Cecília, Luan, Laura e Rômulo). Sendo assim, os demais afazeres da casa era por conta dos homens. Foi uma das melhores férias segundo os aventureiros, a “peleia” para o ano que vem já está confirmada e essa turma vai se reunir novamente. Será que vem algum novo recorde por ai? Resta esperar e confirmar!!!

SAFRA 2011 – Colheita de prejuízos...


Por Ezequiel de Lorenzi: Já começou a colheita do feijão em nossa comunidade. Os meteorologistas do Brasil inteiro relatavam em suas previsões de 2010/11, que seria um ano seco. Desta forma, muitos agricultores de nossa região optaram pelo cultivo do feijão, sendo que essa planta seria a mais resistente em caso de seca. Mas esta previsão, os meteorologistas erraram e provocaram uma imensa dor de cabeça para os agricultores. Nos meses de novembro e dezembro(2010) e janeiro (2011), a pluviosidade em milímetro de chuva superou o que se previa para o ano inteiro em nossa região, fazendo assim, que esse feijão que era resistente a seca, acabasse estragando-se devido as grandes quantidades de chuvas nos últimos meses. Além das doenças que a chuva trouxe ao feijão, outro fenômeno que ocorreu foi à precipitação de granizos que danificaram muito essas plantações. São raros os casos, mas alguns agricultores conseguiram controlar as plantas e estão colhendo suas lavouras com boa rentabilidade. Para nós, resta agora, ter fé e calma para que a chuva se normalize e todos os colonos possam colher suas safras. Como a produção vai ser pouca, esperamos ao menos vender por um preço digno, para assim continuarmos plantando com amor e cabeça erguida. Não devemos desistir de plantar perante uma situação dessa, pois como diz um ditado; “Não tá morto quem peleia”.

Imigrantes e Caboclos - Parte 2

Evento como inesquecível com os amigos de Francisco Palhano "Seu Chico". Lembranças imortais. Imigrantes e Caboclos Parte 2